A inspiração do cachoeirano Edmilson Bispo dos Santos Júnior (sem camisa) para criar a facção Primeiro Comando do Interior (PCI) está bem longe das terras margeadas pelo Rio Paraguaçu, onde em 1822 Dom Pedro I foi proclamado Príncipe Regente do Brasil. Acusado de ser o maior traficante em atuação na região, Júnior buscou as referências do seu grupo criminoso no Primeiro Comando da Capital (PCC), facção
criminosa paulista criada na década de 1990 no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, em São Paulo. Liderado por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre sentença de 44 anos, principalmente por assalto a bancos, no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau II, a facção criminosa PCC tinha a pretensão de combater a opressão dentro do sistema prisional paulista, mas acabou se tornando o maior distribuidor de drogas do país. Mas, de acordo com a avaliação de policiais, Júnior não tem o mesmo lastro que o PCC teve para se firmar. “São realidades diferentes. O PCI não tem lastro político. O problema é que no plano local ele está aterrorizando a região de Cachoeira”, destacou o delegado titular da cidade, Laurindo Neto.
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