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Policial militar matou adolescente em passarela de shopping, diz polícia técnica.

PM admitiu ter atirado no rapaz de 17 anos e alegou legítima defesa
O adolescente de 17 anos morto a tiros na passarela do Salvador Shopping no dia 2 de março foi baleado por um policial militar, segundo informações da Polícia Civil nesta segunda-feira (16). A morte de Tarsis Santos Lima provocou revolta e familiares e amigos protestaram na frente do Salvador Shopping,

acusando seguranças do estabelecimento pelo crime, várias vezes.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) concluiu que os tiros que atingiram Tarsis partiram da pistola apreendida em poder do soldado da PM Edaniel Antônio Querino.

O PM confirmou em depoimento à delegada Clelba Regina Teles que atirou em Tarsis e alegou legítima defesa. O policial disse que sacou a arma e começou a atirar depois que notou um grupo de pessoas na passarela atirando em sua direção. Edaniel, que não estava trabalhando, estava acompanhado de outro PM, que foi ouvido e negou a participação no crime.
A investigação foi acompanhada pelo promotor Luciano Assis, do Ministério Público (MP). O Comando da Polícia Militar já foi informado das conclusões do DHPP.
Morte na passarela
Tarsis estava com um grupo de amigos indo para um show de pagode perto do shopping quando foi baleado. Socorrido para o Hospital Roberto Santos, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na mesma noite. Segundo testemunhas narraram ao DHPP, dois homens atiraram contra um grupo de jovens que tentava assaltar uma mulher na passarela.
Protestos

Familiares e amigos fizeram vários protestos na época do crime. Eles negaram que Tarsis estivesse assaltando qualquer pessoa e acusaram seguranças do Salvador Shopping, que também seriam policiais, pelo crime. Em um dos protesto, no dia 5 de março, eles invadiram o shopping. O grupo inicialmente estava na área externa do empreendimento e depois entrou no local.
Manifestantes foram retirados do shopping pela Polícia Militar
Durante a manifestação, os familiares decidiram entrar pela lateral do shopping e subir dois lances de escada. Foi após uma conversa com o major Ramalho Neto, da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Iguatemi), que grupo saiu do local com faixas e cartazes. Vendedores chegaram a fechar as portas.
O supervisor de segurança do Salvador Shopping negou em depoimento que policiais fizessem  parte do quadro de funcionário da Prosegur, empresa que presta serviço de segurança para o shopping

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