A fé é mesmo capaz de mover montanhas? Se depender do tamanho dos bíceps que Jesus Cristo adquiriu na arte de Stephen Sawyer, 58, pode apostar que sim. Americano morador de Kentucky e "criado na tradição cristã", Sawyer deu contornos bem literais à superforça do chamado filho de Deus. Em seus retratos, ele mostra um Jesus musculoso, boxeador e com tatuagem típica de marinheiro: um
coração vermelho cruzado por uma faixa onde se lê "PAI"."Um Chuck Norris de sandálias", na definição do jornal britânico "The Guardian", ou "o Messias machão", segundo o "New York Times". Afinal, esse Jesus é ou não é um "bad boy"?"O que isso significa? Um causador de problemas? Alguém que desafia a autoridade religiosa? Hmmm... Talvez ele fosse e ainda seja um 'bad boy'", diz o artista à Folha. Mas logo vem a ressalva: "Porém, todos esses eventos que acabaram em confusão sempre foram em nome da liberdade espiritual e da salvação dos outros". A intenção deste senhor cristão, de aparência até bem convencional, é "confrontar o preconceito teológico" sobre certos tipos de pessoa. Para Sawyer, "preocupar-se com tatuagens" é cisma de quem não absorveu um dos ensinamentos mais básicos da cristandade. "Jesus deixou claro que Deus liga para o que está dentro do corpo, e não fora dele", afirma.
POLÊMICA
Mas críticas continuam a transbordar desse corpo cheio de santa testosterona. Sawyer afirma que sua versão sarada de Jesus angariou certo mal-estar entre cristãos. Os detratores costumam sacar citações bíblicas contra sua arte. Entre elas, uma do Levítico, livro do Antigo Testamento: "Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca".
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