O secretário municipal de Governo, Magno Lavigne, de Ilhéus, é da linha dos que defendem que o prefeito em exercício, Mário Alexandre de Sousa, "agiu corretamente" ao exonerar os secretários Jorge Bahia, Marcelo Barreto e Carlos Freitas, todos
umbilicalmente ligados ao prefeito licenciado, Newton Lima. Magno mira sua metralhadora giratória, principalmente, no titular da pasta de Fazenda.Jorge Bahia, de acordo com Magno Lavigne, vinha dificultando o funcionamento da máquina administrativa ao não atender as determinações do prefeito em exercício que tentava priorizar alguns pagamentos pendentes para retomar ações consideradas fundamentais no dia-a-dia da administração.Na opinião de Magno Lavigne, Mário Alexandre se viu diante de um quadro em que lhe colocava com a "autoridade fragilizada".
Os problemas entre Mário Alexandre e Jorge Bahia teriam começado minutos depois de o vice-prefeito assumir o cargo de prefeito. Numa atitude considerada "inesperada" pelo grupo que apoia Mário, Jorge Bahia solicitou 25 dias de licença do cargo no momento em que o prefeito interino mais necessitava do seu apoio. E pior: não teria deixado ninguém no lugar, emperrando todo e qualquer tipo de procedimento na pasta.
Depois, segundo Lavigne, Jorge Bahia mostrou que seus problemas pessoais não eram tão urgentes assim já que terminou retornando poucos dias depois na mesma data em que o prefeito Newton Lima chegou a Ilhéus. Mas insistiu em não atender as determinações do prefeito em exercício.
Houve, na opinião de Magno, durante todo esse tempo, um claro desmerecimento à autoridade municipal. "Alguém em Ilhéus votou em Bahia?", ironizou Magno Lavigne. "Por acaso ele (Jorge Bahia) queria que Mário assumisse e não tomasse providências enquanto estivesse no cargo?", questionou. "Interino ou não, Mário é, por direito, a pessoa que deve conduzir o governo e tem que governar. Os subordinados têm que cumprir ordens", completou.
Durante a crise, Magno esteve fora do furacão que ela proporcionou. Foi a São Paulo tratar de assuntos particulares. Mas nesta segunda-feira deve estar presente à "lavagem de roupa suja" que está prevista para acontecer no Palácio Paranaguá. Procurado pela reportagem do JBO, Jorge Bahia disse que os problemas começaram quando ele percebeu que queriam que ele "fizesse o impossível" para garantir recursos para tocar as principais demandas do município e ainda tivesse recurso disponível para pagar o que o grupo via como prioridade. "Não tem mágica para se fazer isso", afirmou.
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